"Irmandade Muçulmana" é uma organização político-religiosa, que ganhou força através de financiamento pesado das potências ocidentais, ainda ao tempo do governo Nasser, no Egito. Conservadora, era o instrumento essencial que os EUA tinham para dar início a uma operação, casada com Israel, contra o Panarabismo que Nasser liderava, a partir da implantação da República Árabe Unida. Naquela ocasião, a unidade nacional entre Egito,Siria e Iraque, os dois últimos também sob governo laico, do partido socialista árabe Baath, constituiam uma ameaça ao imperialismo, e ao controle histórico que secularmente tinham na região.
Para combater a virada à esquerda, a partir da derrota dos antigos chefes de governo subordinados ao ocidente, jogar com os segmentos conservadores do islamismo foi a estratégia adotada. Estratégia que resultou em prevalência de grupos religiosos sobre as correntes marxistas, principalmente na OLP, então em ascensão na disputa ideológica.
Em alguns casos, como Al Qaeda, Hizbolah e Hamas, o anticomunismo laico se substituiu por um antiamericanismo feroz. Um tiro saindo pela culatra do canhão do imperialismo,
Mas não foi o que ocorreu com a Irmandade gerada no Egito. Essa sempre se fixou no campo pró-potências capitalistas, e agora segue o caminho natural. Alia-se aos militares repressores ao se recusar a participar das últimas manifestações no Cairo, e dá a eles, depois da renúncia do gabinete civil, o gás necessário para continuar dando as cartas, sob as tênues e apenas simbólicas sugestões, da ONU e dos EUA, e sob o silêncio da União Européia, de melhor comportamento nas repressões que já causaram dezenas de mortes na Praça Tahir.
Segue a matéria do LeMonde
Egypte : les Frères musulmans participent au dialogue avec l'armée
LEMONDE.FR avec AFP et Reuters | 22.11.11 | 06h30 • Mis à jour le 22.11.11 | 14h21
Des membres des Frères musulmans et des militants salafistes sur la place Tahrir au Caire (Egypte), le 29 juillet 2011.REUTERS/MOHAMED ABD EL GHANY
Les Frères musulmans d'Egypte, la force politique la mieux organisée du pays, ont annoncé leur particpation à
la réunion de dialogue organisée ce mardi 22 novembre par le conseil
militaire, après trois jours de violences entre manifestants et police.
Alors que le chef de l'armée, le maréchal Hussein Tantaoui, devait s'adresser sous peu à la Nation, plusieurs milliers de personnes étaient déjà rassemblées en début d'après-midi sur l'emblématique place Tahrir du Caire pour exiger la remise du pouvoir à une autorité civile.
Les Frères musulmans avaient déjà déclaré, la veille, qu'ils ne se
joindraient pas à cette manifestation massive. Le parti a annoncé que
cette décision émanait du
"souci de ne pas entraîner le peuple vers de nouveaux affrontements sanglants avec des parties qui cherchent davantage de tensions",
selon un communiqué posté lundi soir sur son site Internet. Il fait
référence aux trois jours d'affrontements meurtriers entre forces de
l'ordre et manifestants hostiles au
pouvoir militaire en place depuis la chute de
Hosni Moubarak.
Dans la nuit de lundi à mardi, deux personnes ont été tuées à
Ismaïliya, selon des sources médicales, dans un hôpital de cette ville
sur la mer Rouge, portant à vingt-six le bilan des morts depuis samedi.
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