Quem sou eu

Minha foto
Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.

terça-feira, 24 de julho de 2012

União Européia sai do armário e escolhe lado no Oriente Médio

A União Européia sai do armário e toma partido explicitamente no conflito do Oriente Médio. Fecha um acordo de cooperação com o governo de Israel. governo fanaticamente religioso, extremamente reacionário, que ocupa de forma cruel a Palestina, oprimindo a população, e reprimindo com ataques genocidas qualquer forma de resistência patriótica. Como disfarce, aquelas "recomendações" corriqueiras sobre a "necessidade da retomada das negociações de paz".
Mas a realidade é outra, na quase meia centena de itens, onde não há qualquer referência ao estabelecimento de um mínimo controle sobre o arsenal nuclear (cerca de cem ogivas, fora os submarinos com capacidade de portá-las, que o governo alemão vinha fornecendo secretamente, até que uma reportagem de capa na principal revista do País o revelou). Não há indicação explícita, também, se a UE daria cobertura diplomática e política ao próximo ataca bárbaro à Faixa de Gaza ou a alguma das cidades ou aldeias da Cisjordânia. Mas o sorriso do Durão Barroso revela bem o grau de submissão ao lobby sionista.

Segue a íntegra da reportagem publicada no Le Monde:



L'UE renforce sa coopération avec Israël en dépit du blocage du processus de paix

LE MONDE | 
 Réagir Classer Imprimer Envoyer
Partager   google + linkedin
Le président de la Commission européenne José Manuel Barroso et le président israélien Shimon Pérès à Jérusalem, le 9 juillet.


Quel rapport peut-il y avoir entre le 11e Conseil d'association Union européenne-Israël, qui se réunit à Bruxelles, mardi 24 juillet, et l'attentat suicide anti-israélien qui s'est produit en Bulgarie le 18 juillet ? A priori aucun, mais les autorités israéliennes se sont cependant évertuées ces derniers jours à enjoindre aux Européens de les soutenir au moment où l'Etat juif est frappé par le terrorisme. Comment ? En ne revenant pas sur leurs engagements pris le 2 juin, lors d'une réunion tenue à Jérusalem, de renforcer de façon significative les domaines de la coopération bilatérale.
En principe, leur inquiétude n'est pas fondée : le Conseil d'association, qui se tiendra en marge du conseil des ministres des affaires étrangères, va entériner une liste de 60 nouvelles "activités concrètes dans plus de quinze domaines différents", y compris des liens avec plusieurs agences européennes. Officiellement et juridiquement, cet important renforcement de la coopération avec Israël ne constitue pas ce fameux "rehaussement" des relations demandé depuis longtemps par l'Etat juif, mais une simple déclinaison des "opportunités" prévues par le plan d'action entre l'UE et Israël, adopté en 2005.
En réalité, au-delà des mécanismes communautaires, se dessine l'intention d'accroître la coopération politique et technique avec Israël, en dépit de l'absence totale de progrès du processus de paix avec les Palestiniens, interrompu depuis septembre 2010. Les Vingt-Sept vont insister dans leurs conclusions sur la nécessité de mettre en oeuvre "activement et rapidement" ce catalogue de mesures, et rappeler qu'ils sont prêts à envisager un rehaussement des relations bilatérales lorsque les conditions seront réunies.
DÉCISION PARTICULIÈREMENT SIGNIFICATIVE
Cette démarche avait été gelée après l'intervention militaire israélienne dans la bande de Gaza au cours de l'hiver 2008-2009. Le paradoxe est que les ministres européens des affaires étrangères vont souligner dans le même communiqué qu'il est impératif de maintenir la solution de deux Etats (la création d'un Etat palestinien aux côtés d'Israël), dénoncer l'accélération de la colonisation en Cisjordanie, les expulsions de familles palestiniennes, la démolition de maisons et d'infrastructures à Jérusalem-Est, l'aggravation des conditions de vie de la population palestinienne, et les graves limitations imposées à l'Autorité palestinienne pour favoriser le développement économique des territoires occupés, en particulier dans la zone C (sous contrôle total d'Israël).
La décision des Vingt-Sept est particulièrement significative, dans la mesure où elle intervient après les conclusions adoptées par les ministres européens des affaires étrangères, le 14 mai, qui avaient représenté un net durcissement de la position européenne : l'UE avait alors exprimé sa "préoccupation devant les développements sur le terrain, qui menacent de rendre la solution de deux Etats impossible". Ce passage est repris dans le communiqué du 24 juillet, lequel renvoie à une annexe qui dresse la liste des 60 dispositions ayant fait l'objet d'un accord.
"QUESTIONS HORIZONTALES"
Parmi les 49 secteurs de coopération énumérés, figurent notamment les douanes, le marché intérieur, l'agriculture, les mouvements des personnes et la sécurité sociale, la coopération statistique, le tourisme, la justice et les affaires intérieures, le transport (implication du secteur privé, chemin de fer, sécurité routière), l'énergie, les communications électroniques, Internet et la cybersécurité, l'environnement, science et technologie, santé publique.
L'Union européenne et Israël vont, d'autre part, coopérer sur des "questions horizontales", c'est-à-dire engager une coopération via différentes agences et entités communautaires : l'Observatoire européen des drogues et des toxicomanies, Eurojust (Unité de coopération judiciaire), Europol (Office européen de police), le Collège européen de police, l'Agence européenne de la sécurité aérienne (AESA), l'Agence européenne pour la sécurité maritime (EMSA), l'Agence européenne pour l'environnement (AEE), l'Agence spatiale européenne (ESA), le Centre européen de prévention et de contrôle des maladies (ECDC).
S'agissant de ces nouvelles avancées, les Vingt-Sept soulignent à plusieurs reprises qu'elles "suivent la structure du plan d'action" UE-Israël. Un diplomate européen à Bruxelles, très au fait de ce dossier, insiste sur ce point : "Il ne s'agit que de l'approfondissement de la mise en oeuvre du plan d'action actuel. Politiquement, il y avait un accord, depuis l'année dernière, pour effectuer un travail technique et commencer à réfléchir à d'autres secteurs de coopération, mais ce n'est en aucun cas un rehaussement des relations bilatérales." Il serait cependant douteux que l'Autorité palestinienne, déjà déçue de la pusillanimité européenne face à l'Etat juif, ait une lecture aussi bénigne de ce renforcement.

domingo, 22 de julho de 2012

Lulopragmatismo: quando os ricos vão ao paraíso

NeoPTistas que me perdoem. Mas miliardários brasileiros ocuparem quase a ponta da tabela de lavagem em paraísos fiscais também é mais uma vitória dos dez anos de lulopragmatismo? É escandaloso que, desde 2002 no Planalto, e com maioria no Congresso, não tenha sido nem apresentada uma reforma tributária que minimamente estabeleça justiça tributária em nosso País.
Taxação de grandes fortunas, então, nem pensar. Mais ainda; o BC de Henrique Meirelles, que pela primeira vez propiciou a indicação de um presidente da entidade no cargo de ministro, para imunizá-lo contra processo por evasão de divisas, não tem nada a dizer sobre isso? Então, neoPTistas que não cessam de se irritar com a combatividade do PSOL, verifiquem se seus travesseiros continuam confortáveis para um sono tranquilo, daqueles em que vcs se considerem de consciência tranquila por defender esse modelo macroeconômico.
E não vou falar de privatizações nem de isenções seguidas ao grande capital, porque já cansei.
Segue a íntegra da matéria da BBC Brasil


Ricos brasileiros têm quarta maior fortuna do mundo em paraísos fiscais

Atualizado em  22 de julho, 2012 - 11:43 (Brasília) 14:43 GMT
Imagem: Agencia Brasil
Ricos brasileiros são os quartos no mundo em remessas a paraísos fiscais
Os super-ricos brasileiros detêm o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas do país em um ano, em contas em paraísos fiscais, livres de tributação. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nesta modalidade de conta bancária.
A informação foi revelada este este domingo por um estudo inédito, que pela primeira vez chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore, sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos.
O documento The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network, mostra que os super-ricos brasileiros somaram até 2010 cerca de US$ 520 bilhões (ou mais de R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais.
O estudo cruzou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais para chegar a valores considerados pelo autor.
Em 2010, o Produto Interno Bruto Brasileiro somou cerca de R$ 3,6 trilhões.

'Enorme buraco negro'

O relatório destaca o impacto sobre as economias dos 139 países mais desenvolvidos da movimentação de dinheiro enviado a paraísos fiscais.
Henry estima que desde os anos 1970 até 2010, os cidadãos mais ricos desses 139 países aumentaram de US$ $ 7,3 trilhões para US$ 9,3 trilhões a "riqueza offshore não registrada" para fins de tributação.
A riqueza privada offshore representa "um enorme buraco negro na economia mundial", disse o autor do estudo.
"Instituições como Bank of America, Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank vêm ofrecendo este serviço"
John Christensen, diretor Tax Justice Network
Na América Latina, chama a atenção o fato de, além do Brasil, países como México, Argentina e Venezuela aparecerem entre os 20 que mais enviaram recusos a paraísos fiscais.
John Christensen, diretor da Tax Justice Network, organização que combate os paraísos fiscais e que encomendou o estudo, afirmou à BBC Brasil que países exportadores de riquezas minerais seguem um padrão. Segundo ele, elites locais vêm sendo abordadas há décadas por bancos, principalmente norte-americanos, pára enviarem seus recursos ao exterior.
"Instituições como Bank of America, Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank vêm oferecendo este serviço. Como o governo americano não compartilha informações tributárias, fica muito difícil para estes países chegar aos donos destas contas e taxar os recuros", afirma.
"Isso aumentou muito nos anos 70, durante as ditaduras", observa.

Quem eniva

Segundo o diretor da Tax Justice Network, além dos acionistas de empresas dos setores exportadores de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêutico, de comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos para paraísos fiscais.
"As elites fazem muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar impostos", afirma Christensen. "No caso do Brasil, quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo".
Chistensen afirma que no caso de México, Venezuela e Argentina, tratados bilaterais como o Nafta (tratado de livre comércio EUA-México) e a ação dos bancos americanos fizeram os valores escondidos no exterior subirem vertiginosamente desde os anos 70, embora "este seja um fenômeno de mais de meio século".
O diretor da Tax Justice Network destaca ainda que há enormes recursos de países africanos em contas offshore.

Verdades e distorções no Globão


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Bancos e Cabral Fᵒ, "sujeiras" do grande capital

Aprendo em artigo de Chico Santos, publicado no Valor de hoje, que "o metrô da Cidade do México, com suas 11 linhas, 202 quilômetros e 175 estações, que retirou a capital mexicana da lista das mais poluídas do mundo, é praticamente contemporâneo dos seus pares de São Paulo (quatro linhas, 65,3 quilômetros e 58 estações) e do Rio de Janeiro (duas linhas, 46,2 quilômetros e 35 estações)"
Ou seja; enquanto o México retira carros e CO2 da sua principal metrópole, o Brasil, submisso às montadoras multinacionais que geram desemprego em seus países ao explorar nossa mão-de-obra mais barata, e sem transferir tecnologia (depois de 60 anos dessa montagem, vocês conhecem algum carro de fabricação nacional?), o governo brasileiro isenta IPI de carros, inundando nossas cidades desprovidas de qualquer transporte público racional e eficiente. 
Sergio Cabral, pendurado nas "amizades" com as concessionárias protegidas na Justiça pelo escritório de sua insígne esposa, ainda ousa gerar mais problemas ao invés de soluções com a extensão da linha 1 até a Barra. Ai de quem morar no meio do caminho...E faz isso contrariando projeto original que previa linha alternativa, via Humaitá. E por que o faz? Porque, com a omissão do alcaide atual, estendendo a linha 1, mantém a concessão atual ao grupo que não terá que concorrer em nova licitação, caso fosse iniciado o processo necessário de estabelecimento de rede ramificada de linhas e estações. 
Mas não ficam aí as aberrações resultantes da submissão do poder público - aqui e alhures - ao grande capital. Marfin Wolf,  editor e principal comentarista do insuspeitíssimo Financial Times, uma das bíblias do especuladores do "livre mercado", não hesita em propor medidas que reduzam o "perigo" que os executivos do sistema financeiro representam. Atentem para o primeiro parágrafo de seu artigo de hoje, "Formas de limpar essa sujeira":  "O escândalo da taxa interbancária do mercado de Londres (Libor) foi o último prego no caixão da reputação dos bancos. Depois da imensa crise financeira e da longa lista de escândalos, os bancos agora são vistos como firmas aproveitadoras e incompetentes comandadas por parasitas. Essa indignação com o que Paul Tucker, vice-presidente do Banco da Inglaterra, autoridade monetária do Reino Unido, chamou de "esgoto" é bastante natural. Mas, só a indignação não é capaz de modelar reformas". 
A tal introdução seguem-se sete propostas de controle sobre tais "parasitas", como forma de impedir a ação desse segmento legal do verdadeiro crime organizado, como se fosse impossível controlar a sanha predadora dessas bestas-feras enfatiadas. Mas mesmo estabelecendo tais limites, previne:
"Nunca iremos transformar os executivos financeiros em santos. Mas podemos mudar os incentivos que os influenciam, a estrutura das instituições e o foco da regulamentação. Mas podemos tornar esses executivos mais úteis e menos perigosos".
Ou seja; por ato falho, o próprio Martin Wolf reconhece que é possível, no máximo, reduzir a periculosidade da grande especulação financeira. Só falta reconhecer que, para eliminá-la, só há uma solução: a desconstrução do regime capitalista e sua substituição por um socialismo libertário 
http://www.valor.com.br/opiniao/2755526/formas-de-limpar-essa-sujeira#ixzz20yg1Uh1B

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Saúde vira mercadoria e paciente é quem morre

Mais uma prova das sequelas da privatização crescente da Saúde no Brasil. Mais uma prova da transformação da Saúde em mercadoria, onde a busca da "competitividade" lucrativa se impõe à qualidade da assistência ao paciente. Mais uma prova de que políticas preventivas passam a ser estorvo, já que doente virou item de fatura comercial. Protocolos de procedimento, reduzindo tempos de consulta e pedidos de exame passam a ser impostos por "gestores"administrativos sobre o profissionais de Saúde nas unidades de atendimento privado. Os médicos resistem, segundo pesquisa publicada na matéria do Valor Econômico, mas terminarão "se ajustando" segundo os colarinhos-brancos que passam a ter mais poder do que médicos nos hospitais. 
E o governo Dilma, de um partido dito socialista, democrático, o que tem a dizer a isso? Pelo que opera no Orçamento da União, vem sendo até agora parceira eficiente. É isso que consta do programa do neoPT? 


Na defesa de uma Saúde Pública de qualidade, Luta que Segue!!


Médico sente pressão para cortar custo

Por Beth Koike | De São Paulo (VE 13/07/12)
Claudio Belli/Valor / Claudio Belli/ValorAna Maria Malik, da FGV in company: médicos resistem em adotar protocolos
A profissionalização dos hospitais vem deixando a relação entre médicos e administradores ainda mais conflituosa, principalmente, por conta de uma pressão maior para redução de custos e adoção de procedimentos médicos padronizados. Essa é uma das constatações de uma pesquisa realizada pela FGV in company, a pedido do Valor, com 49 gestores e 38 médicos. Todos os 87 entrevistados são alunos e ex-alunos dos cursos de saúde desse braço da Fundação Getúlio Vargas que oferece cursos sob demanda.
Segundo 84% dos médicos entrevistados, a profissionalização provoca uma pressão mais intensa para uso de produtos ou procedimentos de custo menor. Mas isso não significa necessariamente que haja queda na qualidade de atendimento. "Há hospitais gastando menos porque foram pelo caminho mais fácil, demitindo profissionais experientes e a qualidade caiu, por exemplo. Mas há também hospitais gastando melhor seus recursos. Um procedimento mais caro nem sempre é o melhor", diz a professora Ana Maria Malik, coordenadora do núcleo de saúde do FGV in company.
Nesse contexto há ainda as operadoras de planos de saúde, que pagam a conta dos pacientes e pressionam fortemente os hospitais por custos menores. "Os hospitais que têm uma marca forte como consequência de sua qualidade ou têm uma grande rede têm mais poder para negociar. As operadoras não querem perder os melhores hospitais. Já aqueles que não têm essas vantagens podem acabar cedendo", diz Sérgio Bento, diretor-técnico executivo da Planisa, consultoria especializada em saúde, e ex-superintendente do Hospital Samaritano.
Entre os 49 diretores de hospitais consultados pela FGV in company, 82% informaram que os médicos reagem bem à profissionalização, mas a maioria tem resistência a adotar protocolos - procedimentos médicos padronizados que ajudam a controlar as despesas. O motivo dessa aparente contradição é que os médicos acreditam que a profissionalização destina-se apenas ao departamento administrativo do hospital e não envolve a área médica em si.
"Os protocolos são baseados em evidências médicas, mas há resistência porque há uma crença na comunidade médica de que os protocolos são para profissionais não muito bem formados", diz Ana Maria. "Os médicos acham que os protocolos vão engessar sua forma de trabalhar, que normalmente é individualizada", observa o diretor da Planisa.
Segundo 84% dos médicos participantes do estudo, o comando dos hospitais para o qual prestam serviço é feito por um gestor com formação em administração. Mas para eles o ideal é que esse administrador tivesse uma formação em medicina e especialização em negócios. A justificativa é que com um médico no comando há mais flexibilidade para as demandas na área da saúde.
A amostra da pesquisa da FGV in company traz um alto percentual de hospitais gerenciados por executivos, mas no mercado a maioria dos hospitais não tem gestão profissionalizada. "É muito comum ver conflito de interesses nos hospitais, com o dono misturando os negócios particulares e da empresa", diz o diretor da Planisa. E muitos hospitais têm fechado as portas por conta de má gestão.(...)


© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico.

Leia mais em:
http://www.valor.com.br/empresas/2750422/medico-sente-pressao-para-cortar-custo#ixzz20VG1lCC4

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Chavez denuncia debilidades do Forum de São Paulo

O Forum de São Paulo é uma das saudosas iniciativas do PT histórico. Nasceu em 1990, gerando um campo internacional de organização das forças de esquerda. Com o passar dos tempos, foi se amoldando à ordem, em compasso semelhante ao nascimento do neoPT. Mas nem tudo está perdido. Nesse artigo, Atilio Boron analisa a intervenção final do presidente Chavez, colocando o dedo na ferida pelo veto à participação de Piedad Cordoba - senadora colombiana odiada por Uribe, em função de seu papel na negociação pela liberdade de presos das Farcs -, e de partido de oposição em Honduras. Intervenção brilhante, que mostra o papel fundamental que os bolivarianos têm hoje na construção de um futuro soberano e democrático para os povos da América Latina.

Segue a íntegra do artigo de Boron, publicado no Pagina 12, de Buenos Aires

BALANCE DEL ENCUENTRO DE LAS IZQUIERDAS DEL MUNDO

El Foro de San Pablo y después

Al cierre del foro, Chávez expresó varios interrogantes: ¿qué harán las fuerzas sociales que concurrieron a Caracas cuando vuelvan a sus países?, ¿cómo organizarán sus luchas?, ¿cuál es el plan de batalla? Los temas pendientes.







 Por Atilio A. Boron
Opinión

Desde Caracas

El viernes por la noche concluyeron en Caracas las deliberaciones del Foro de San Pablo. No habría exageración si dijéramos que fue la reunión más concurrida y variada del foro desde su creación, en la ciudad de San Pablo, en 1990. Numerosos partidos y movimientos sociales de América latina y el Caribe se dieron cita en esta ciudad, junto a un significativo contingente de organizaciones hermanas de Europa, Africa y Asia. El balance final del cónclave es, en un cierto sentido, positivo, aunque en algunos aspectos que veremos a continuación hay muchas cosas para mejorar. Positivo porque en el multitudinario evento se dieron cita una gran cantidad de partidos y movimientos que tuvieron la posibilidad de intercambiar opiniones, comparar experiencias y realizar un rico y necesario aprendizaje recíproco. Positivo también porque ante el conocido eclecticismo ideológico del foro –del cual participan partidos que sólo por un alarde de la imaginación podrían categorizarse como de izquierda–, el discurso de cierre pronunciado por el comandante Chávez fijó una nueva agenda que los partidos y organizaciones del FSP deberían considerar muy cuidadosamente en sus próximos encuentros.
En primer lugar, preguntándose, como lo hizo Chávez citando un pasaje de la obra de Marx, por el carácter y la naturaleza de la transición que habrá de sustituir al capitalismo por un nuevo tipo histórico de sociedad. Porque, más allá de la crítica necesaria al neoliberalismo y su todavía hoy pesada herencia, el problema es el capitalismo, lo que hay que vencer y subvertir es el capitalismo. ¿O es que las luchas protagonizadas por nuestros pueblos, con sus tremendos sacrificios y sus miles de vidas ofrendadas para la construcción de una nueva sociedad, sólo lo fueron para pasar del neoliberalismo al neokeynesianismo, o al desarrollismo, o al espejismo de un “capitalismo verde”? Con su sagaz interrogación, Chávez señalaba una de las principales debilidades teóricas de la Declaración de Caracas aprobada por el FSP.
Segundo, porque, siguiendo con ese mismo razonamiento, advertía que el socialismo no caerá del cielo como producto de un determinismo económico, como sugería Eduard Bernstein a finales del siglo diecinueve, sino por la intervención del plural y heterogéneo sujeto revolucionario. Claro está que para responder a las necesidades de la praxis ese sujeto debe concientizarse, educarse y organizarse. Y remataba su incisiva reflexión con una pregunta: ¿qué harán las fuerzas sociales que concurrieron a Caracas el día después, cuando vuelvan a sus países?, ¿cómo organizarán sus luchas, cuál es el plan de batalla, quiénes asumirán cuáles responsabilidades en la ejecución del mismo? Preguntas no sólo pertinentes, sino acuciantes, porque las burguesías, las oligarquías y el imperialismo no sólo tienen sus foros –el de Davos siendo el más importante–, sino que también disponen de instancias que organizan sus fuerzas y planifican y coordinan sus batallas, las mismas que se libran en el terreno mundial y no tan sólo en los espacios nacionales. Nuestros enemigos no sólo deliberan, sino que actúan organizadamente; no se los podrá enfrentar con éxito sólo con bellas declaraciones. Esta, nos parece, es una de las fundamentales asignaturas pendientes no sólo del FSP, sino también de su organización hermana, el Foro Social Mundial. Ante una burguesía imperial y sus aliados locales fuertemente organizados no podemos oponer tan sólo la abnegación militante y el grito que denuncia la inhumanidad del capitalismo, desentendiéndonos alegremente de la decisiva problemática de la organización.
La declaración aprobada en Caracas condena las tentativas golpistas en contra de Evo Morales, Manuel Zelaya, Rafael Correa y la más reciente contra Fernando Lugo. Olvida señalar, lamentablemente, el golpe perpetrado contra Jean-Bertrand Aristide en Haití, en el año 2004. Falla grave, porque no se puede disociar este olvido de la desafortunada presencia de tropas de varios países latinoamericanos –Brasil, Chile, Argentina, entre otros– en Haití cuando en realidad lo que hace falta en ese sufrido país son médicos, enfermeros, maestros. Pero de esto se encarga Cuba, cuyo generoso internacionalismo es una de las señas más honrosas de su revolución. Por otra parte, hubiera sido conveniente que la declaración de un foro de la izquierda hubiese exigido el cierre de las bases militares que en número de 46 –según el último recuento del Mopassol (Movimiento por la Paz, la Soberanía y la Solidaridad entre los Pueblos)– se extienden por toda América latina y el Caribe. Aunque Washington no modifique un ápice su postura beligerante, una exigencia unánime respaldada por más de un centenar de partidos políticos –incluyendo varios de gobierno– hubiera contribuido a resaltar, ante los ojos de la opinión pública latinoamericana y estadounidense, las amenazas que encierra la presencia de esas bases en nuestra América. Lo mismo cabe decir en relación a la afirmación que asegura que nuestra región es una zona desnuclearizada. Esto era cierto hasta antes de la firma del tratado Uribe-Obama; ahora no lo sabemos, porque nadie, excepto la Casa Blanca, sabe qué tipo de armamentos –nucleares o no– el Pentágono introdujo en Colombia una vez que, en virtud de dicho tratado, ésta renunció a su derecho a inspeccionar los cargamentos que entran y salen de su territorio. Por último, la declaración habla de “los limitados logros de los Tratados de Libre Comercio bilaterales”. Creemos que esta redacción es desafortunada, como lo comprueba la experiencia más madura en esta materia: el caso mexicano. Antes de la firma del TLC con Estados Unidos y Canadá, México era autosuficiente en materia alimentaria; hoy, luego de 18 años de “libre comercio”, debe importar el 42 por ciento de los insumos necesarios para su alimentación. Antes su factura por concepto de importación de comestibles era de 1800 millones de dólares; en 2012 será de unos 24.000 millones de esa misma moneda. No luce demasiado como un “logro”.
Por último, no se entiende cómo las autoridades del FSP le negaron el derecho a la palabra –¡no sólo el ingreso de la Marcha Patriótica como una organización política afiliada al foro, pese a todos los avales presentados por partidos políticos dentro y fuera de Colombia– a la senadora Piedad Córdoba, una de las principales figuras de la política latinoamericana y considerada en todo el mundo como una merecidísima candidata al Premio Nobel de la Paz por sus denodados esfuerzos para facilitar la liberación de los rehenes en poder de la guerrilla y alcanzar una solución política al trágico conflicto colombiano. Aparte de informar sobre la dolorosa situación imperante en su país, Córdoba tenía que denunciar la amenaza de muerte, lanzada por escrito, hace apenas dos días en contra de trece militantes de diversos organismos de derechos humanos. Argucias leguleyas, inadmisibles en una entidad que dice ser de izquierda, nos privaron de escuchar su testimonio, lo que no pasó inadvertido para el presidente Chávez. Y otro tanto se hizo con los hondureños de Libertad y Refundación (Libre), partido que representa mejor que ningún otro la resistencia al gobierno de Porfirio Lobo, cuyo triste record en materia de asesinato de periodistas (24 desde que se produjera el golpe), más los numerosos crímenes y encarcelamientos de campesinos y militantes, hubiera merecido de parte del FSP un gesto, aunque fuera elemental, de solidaridad, siendo que uno de sus líderes, Rafael Alegría, se encontraba entre nosotros. Habrá que luchar para que exclusiones como éstas no vuelvan a repetirse en el futuro. Como puede inferirse de estas líneas, hay que abandonar el triunfalismo que por momentos saturó las deliberaciones del foro y avanzar en la constitución de un espacio de discusión fraternal pero profunda, sin concesiones, y a salvo de cualquier clase de trabas burocráticas o formalistas que la asfixien. Discusión tanto más importante en la medida en que se supone que la misión del FSP es cambiar al mundo, y no sólo interpretarlo (o lamentarlo). Y cambiar el mundo en dirección del socialismo requiere de una claridad teórica, por aquello de que “no hay praxis revolucionaria sin teoría revolucionaria”. Y los tiempos que corren exigen a gritos una revolución.
Conviene recordar, para los espíritus muy mesurados y moderados que circularon por el FSP, lo que decía Walter Benjamin: la revolución no es un tren fuera de control, sino la aplicación de los frenos de emergencia. El tren descontrolado, que se encamina al abismo, es el capitalismo. Y si no lo frenamos a tiempo, la humanidad entera sufrirá las irreparables consecuencias de ese desastre. No hay peor cosa que un conductor timorato y vacilante a la hora de aplicar los frenos de emergencia. En una hora que se requiere, como decía Danton, “audacia, audacia y más audacia”, la moderación lejos de ser una virtud, se convierte en un pecado mortal.
Compar

sábado, 7 de julho de 2012

A tirania econômica do IV Reich

Ignacio Ramonet, socialdemocrata progressista, traça o quadro dantesco da Europa atual, através do papel tirânico que o governo Merkel exerce sobre governos submissos ao neoliberalismo no continente. E centra na Espanha do capacho Rajoy uma análise profunda das tragédias que são impostas, aos povos dependentes de trabalho e salário, para que se preserve o privilégios dos grandes banqueiros. Discordei dele quando, alinhado com grande parte dos intelectuais socialdemocratas moderados europeus, defendeu o conceito de "guerras humanitárias" para justificar ação da OTAN nos Balcãs e na Africa do Norte. Mas agora o acompanho quando denuncia a tentativa de tirania econômica do governo Merkel, sobre o qual "já há os que citam como IV Reich".


Segue a íntegra:



Sadismo económico

Le Monde Diplomatique


¿Sadismo? Sí, sadismo. ¿Cómo llamar de otro modo esa complacencia en causar dolor y humillación a personas? En estos años de crisis, hemos visto cómo –en Grecia, en Irlanda, en Portugal, en España y en otros países de la Unión Europea (UE)– la inclemente aplicación del ceremonial de castigo exigido por Alemania (congelación de las pensiones; retraso de la edad de jubilación; reducción del gasto público; recortes en los servicios del Estado de bienestar; merma de los fondos para la prevención de la pobreza y de la exclusión social; reforma laboral, etc.) ha provocado un vertiginoso aumento del desempleo y de los desahucios. La mendicidad se ha disparado. Así como el número de suicidios.
A pesar de que el sufrimiento social alcanza niveles insoportables, Angela Merkel y sus seguidores (entre ellos Mariano Rajoy) continúan afirmando que sufrir es bueno y que ello no debe verse como un momento de suplicio sino de auténtico júbilo. Según ellos, cada nuevo día de castigo nos purifica y regenera y nos va acercando a la hora final del tormento. Semejante filosofía del dolor no se inspira en el Marqués de Sade sino en las teorías de Joseph Schumpeter, uno de los padres del neoliberalismo, quien pensaba que todo sufrimiento social cumple de algún modo un objetivo económico necesario y que sería una equivocación mitigar ese sufrimiento aunque sólo fuese ligeramente.
En eso estamos. Con una Angela Merkel en el rol de “Wanda, la dominadora”, alentada por un coro de ­fanáticas instituciones financieras (Bundesbank, Banco Central Europeo, ­Fondo Monetario Internacional, Organización Mundial del Comercio, etc.) y por los eurócratas adictos de siempre (Durao Barroso, Van Rompuy, Ollie Rehn, Joaquín Almunia, etc.). Todos apuestan por un masoquismo popular que llevaría a los ciudadanos no sólo a la pasividad sino a reclamar más expiación y mayor martirio “ad maiorem gloria Europa”. Hasta sueñan con eso que los medios policiales denominan “sumisión química”, unos fármacos capaces de eliminar total o parcialmente la conciencia de las víctimas, convertidas sin quererlo en juguetes del agresor. Pero deberían ir con cuidado, porque la “masa” ruge.
En España, donde el Gobierno de Mariano Rajoy está aplicando políticas salvajes de austeridad al límite precisamente del “sadismo” (1), las expresiones de descontento social se multiplican. Y eso en un contexto de enorme desconcierto, en el que, de repente, los ciudadanos constatan que a las crisis económica y financiera se suma una grave crisis de gobernación. Simultáneamente, varios pilares fundamentales del edificio del Estado se resquebrajan: la Corona (con el tétrico asunto de la caza del elefante en Bostwana), el Poder judicial (con el cochambroso caso Dívar), la Iglesia (que no paga el Impuesto sobre Bienes Inmuebles, IBI), el sistema bancario (del que nos afirmaban que era el “más sólido” de Europa y constatamos que se desmorona), el Banco de España (incapaz de alertar sobre Bankia y otras quiebras espectaculares), las Comunidades Autónomas (sumidas algunas de ellas en abismales escándalos de corrupción), los grandes medios de comunicación (excesivamente dependientes de la publicidad y que ocultaron las calamidades por venir)...
Sin hablar del propio Gobierno cuyo Presidente, en un momento en el que España (con Grecia) se ha convertido en el eje de los problemas del mundo, parece avanzar sin brújula. Y quien, frente a preguntas fundamentales, o da la callada por respuesta o contesta con expresiones surrealistas (“Vamos a hacer las cosas como Dios manda”), o sencillamente sostiene contraverdades (2). Mariano Rajoy y su equipo económico tienen una gran responsabilidad en el desastre actual. Han dirigido la crisis bancaria con evidente torpeza; han dejado descomponerse el caso de Bankia; han transformado una clara situación de quiebra en un pulso con Bruselas, el Banco Central Europeo y el FMI; han practicado el negacionismo más necio, pretendiendo hacer pasar un rescate de consecuencias gravísimas para la economía española como un crédito barato y sin condiciones (“Es un apoyo financiero que no tiene nada que ver con un rescate”, declaró Luis de Guindos; “Lo que hay es una línea de crédito que no afecta al déficit público”, afirmó Rajoy).
Todo esto da la penosa impresión de un país que naufraga. Y cuyos ciudadanos descubren de pronto que tras as apariencias del “éxito económico español”, pregonado durante lustros por los gobernantes del PSOE y del PP, se escondía un modelo (el de la “burbuja inmobiliaria”) carcomido por la incompetencia y la codicia.
En cierta medida, comprendemos ahora –muy a expensas nuestras– uno de los grandes enigmas de la historia de España: ¿cómo fue posible que, a pesar de las montañas de oro y plata traídas de América por el Imperio colonizador y explotador, el país se viese convertido, a partir del siglo XVII, en una suerte de “corte de los milagros “llena de mendigos, desamparados y pordioseros? ¿Qué se hizo de tamaña riqueza? La respuesta a estas preguntas la tenemos hoy ante los ojos: incompetencia y miopía de los gobernantes, codicia infinita de los banqueros.

Y el castigo actual no ha terminado. Después de que la agencia Moody’s, el pasado junio, rebajara la nota de la deuda española en tres escalones, desde A3 hasta Baa3 (uno por encima del “bono basura”), la prima de riesgo llegó hasta límites insostenibles. La solvencia española está en la pendiente que conduce a un rescate. Y tanto el rescate de la banca como el rescate de la deuda pública tendrán un ­coste social terrorífico. En su informe anual sobre España, el Fondo Monetario Internacional, por ejemplo, ya está reclamando que el Gobierno suba el IVA y que apruebe lo antes posible una nueva disminución del sueldo de los funcionarios para reducir el déficit. Además, en un documento de trabajo, los expertos del Fondo recomiendan a España que rebaje aún más el despido, reclaman el contrato único y que se evite la actualización automática de los sueldos (3).
La Comisión Europea recomienda igualmente la subida del IVA, y la adopción de nuevas medidas “austeritarias”: el retraso de la edad de jubilación, el control del gasto en las Comunidades, el endurecimiento de las prestaciones por desempleo, la eliminación de la desgravación por vivienda y la reducción del volumen de la Administración Pública. Todo antes de 2013. Ya que no se puede devaluar el euro, se trata de devaluar a todo un país, rebajando su nivel de vida de un 20 a un 25%...
Por su parte, la canciller alemana exige que España continúe con las profundas reformas económicas y fiscales. A pesar de la canina fidelidad que le manifiesta Rajoy, Merkel se opone con uñas y dientes a cualquier medida del Gobierno que suponga para España ceder en el camino de la austeridad y de las reformas estructurales. Berlín quiere aprovechar el “shock” creado por la crisis, y la posición dominante de Alemania para conseguir un viejo objetivo: la integración política de Europa a las condiciones germanas. “Nuestra tarea hoy –declaró Merkel en un discurso ante el Parlamento alemán– es compensar lo que no se hizo [cuando el euro fue creado] y acabar con el círculo vicioso de la deuda eterna y de no cumplir las normas. Sé que es arduo, que es doloroso. Es una tarea hercúlea, pero es inevitable”. Algunos comentaristas hablan ya del IV Reich...
Porque, si se produce el “salto federal” y se avanza hacia una unión política, eso significa que cada Estado miembro de la UE tendrá que renunciar a considerables partes de su soberanía ­nacional. Y que una instancia central podrá interferir directamente en los presupuestos y los impuestos de cada Estado para imponer el cumplimiento de los acuerdos. ¿Cuántos países están dispuestos a abandonar tanta soberanía nacional? Si ceder parte de la soberanía es inevitable en un proyecto de integración político como la Unión Europea, existe sin embargo una diferencia entre federalismo y neocolonialismo... (4).
En los Estados sometidos a rescates –España, entre otros– estas importantes pérdidas de soberanía ya son efectivas (5). Desmintiendo a Rajoy, el ministro alemán de Finanzas, Wolfgang Schäuble, afirmó que la troika (BCE, Comisión Europea y FMI) controlará la reestructuración de la banca en España (6). Esa troika gobernará la política fiscal y macroeconómica para ­seguir imponiendo reformas y recortes y para asegurar la prioridad del cobro de la deuda que los bancos españoles tienen con la banca europea, y principalmente alemana (7). España dispone pues, desde junio pasado, de menos libertad, menos soberanía de su sistema financiero y menos soberanía fiscal.
Todo ello sin ninguna garantía de salir de la crisis. Al contrario. Como lo recuerdan los economistas Niall Ferguson y Nouriel Rubini: “La estrategia actual de recapitalizar los bancos a base de que los Estados pidan prestado a los mercados nacionales de bonos –o al Instrumento Europeo de Estabilidad Financiera (IEEF) o a su sucesor, el Mecanismo Europeo de Estabilidad (MEDE)– ha resultado desastrosa en Irlanda y Grecia: ha provocado una explosión de deuda pública y ha hecho que el Estado sea todavía más insolvente, al tiempo que los bancos se convierten en un riesgo mayor en la medida en que más parte de la deuda pública está en sus manos” (8).
Pero entonces, si no funcionan ¿por qué se mantienen esas sádicas políticas de “austeridad hasta la muerte”? Porque el capitalismo se ha puesto de nuevo en marcha y se ha lanzado a la ofensiva con un objetivo claro: acabar con los programas sociales del Estado de bienestar implementados después del final de la Segunda Guerra Mundial y de los que Europa es el último santuario.
Pero, como decíamos más arriba, debería ir con cuidado. Porque las “masas” están rugiendo...
NOTAS:
1) Léase Conn Hallinan, “Spanish Austerity Savage to the Point of Sadism”, Foreign Policy in Focus, Washington DC, 15 de junio de 2012. http://www.fpif.org/ blog/the_pain_in_spain_falls_mainly_on_the_plain_folk
(2) Léase Ignacio Escolar, “Las siete grandes mentiras sobre el rescate español”, Escolar.net, 11 de junio de 2012. http://www.escolar.net/MT/archives/2012/06/las-siete-grandes-mentiras-sobre-el-rescate-espanol.html
(3) El País, Madrid, 15 de junio de 2012.
(4) Léase Niall Ferguson, Nouriel Roubini, El País, Madrid, 10 de junio de 2012. Léase también, Ignacio Ramonet, “Nuevos protectorados”, Le Monde diplomatique en español, marzo de 2012.
(5) Una prueba de la mentalidad de neocolonizados es el esperpéntico proyecto Eurovegas que se disputan las Comunidades de Madrid y de Cataluña, basado en la especulación urbanística y financiera, y asociado al “aumento del blanqueo de capitales, la prostitución, las ludopatías y las mafias”. Consúltese la plataforma Aturem Eurovegas: http://aturemeurovegas.wordpress.com
(6) El País, Madrid, 14 de junio de 2012.
(7) Vicenç Navarro, Juan Torres, “El rescate traerá más recortes y no sirve para salir de la crisis”, Rebelión, 15 de junio de 2012. http://www.rebelion.org/noticia.php?id=151370
(8) Ver la nota 4.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Socialistas moderados taxam o grande capital na França

No Globo, para quem não lê em francês:"França taxa ricos e grandes empresas em € 7,2bi". Já, por aqui, nem pensar. No Congresso, projeto de taxação de grandes fortunas mofa em gavetas sinistras, há décadas. Nos governos Dilma e Lula, é só mais isenção de IPI para montadoras (que montam importados) e superávit criminoso para garantir lucros pantagruélicos dos banqueiros. Além, é claro, da manutenção da regressividade perversa no IR da pessoa física
Só para lembrar: o presidente da França é lider da corrente mais moderada do  moderado PS francês. Um bom exemplo aos austeros do "lulopragmatismo", que se soma ao da Islândia, hoje em plena recuperação após gravíssima crise provocada pelos banqueiros, em função de suspensão de pagamento de dívida pública por decisão popular em referendo. Os bancos ingleses foram à loucura, mas entubaram o prejuízo, sem enviar submarino nuclear...
Segue a notícia da França, publicada no Le Monde

7,2 milliards d'impôts supplémentaires en 2012

Le Monde.fr | • Mis à jour le
Le premier ministre Jean-Marc Ayrault est applaudi par les députés de la majorité à l'Assemblée nationale, mardi 3 juillet.
En quelques chiffres, Jean-Marc Ayrault a défini, dans son discours de politique générale, mardi 3 juillet, le cadre de la longue séquence budgétaire qui s'est ouverte, mercredi, avec la présentation du projet de loi de finances rectificative pour 2012 au conseil des ministres.
Au nom de la "sincérité" et de la "prudence", le premier ministre a passé les prévisions de croissance à la paille de fer. Le gouvernement ne table plus que sur une hausse du produit intérieur brut (PIB) de 0,3 % pour 2012 et 1,2 % en 2013, au lieu des 0,7 % et 1,7 % prévus auparavant. Malgré cette conjoncture dégradée, M. Ayrault a réitéré l'engagement de François Hollande de ramener les comptes publics à l'équilibre en 2017. Il a confirmé, pour l'automne, une loi de programmation des finances publiques pour tracer le chemin vers cet objectif.
"REDRESSEMENT DANS LA JUSTICE "
Cette trajectoire n'est ni celle de "l'austérité", ni un "tournant de la rigueur", deux expressions récusées par le chef du gouvernement, qui leur préfère celle de "redressement dans la justice". Celui-ci passera notamment par la réforme fiscale promise par le président de la République lors de la campagne électorale. Elle va se décliner en deux temps : le "collectif budgétaire" pour 2012, examiné à partir du 16 juillet par les députés, puis le projet de budget pour 2013, qui sera soumis au Parlement à l'automne.
Le premier se veut un cocktail de dispositions réalisant une synthèse entre deux objectifs. Il s'agit, d'une part, de trouver les milliards qui manquent du fait de la détérioration de la conjoncture économique, mais aussi de "recettes surestimées par le précédent gouvernement", souligne Jérôme Cahuzac, ministre délégué au budget, qui chiffre à 7,1 milliards d'euros le manque à gagner.
D'autre part, le gouvernement veut tourner dès maintenant la page de la politique fiscale de Nicolas Sarkozy. Il entend ainsi mettre à contribution les grandes entreprises et les contribuables aisés, tout en épargnant "les classes populaires et les classes moyennes", comme l'a encore rappelé M. Ayrault, mardi, à l'Assemblée. Le collectif budgétaire augmente donc la charge fiscale de 7,2 milliards d'euros cette année. En 2013, cet effort se montera à 13,3 milliards d'euros.
Le graphique ci-dessous présente le détail des nouveaux prélèvements et leur rendement pour l'Etat et la Sécurité sociale. Plus l'aire est grande, plus la mesure rapporte. Survolez la mesure pour avoir le détail et son montant estimé.


88 % DES HÉRITAGES RESTERONT EXONÉRÉS
Pour les ménages, en 2012, la facture s'élèvera à 3,4 milliards d'euros, soit 53 % de l'effort total. Les contribuables les plus fortunés subiront une contribution exceptionnelle sur leur patrimoine. Cette contribution ne sera pas plafonnée, ce qui doit permettre, selon l'entourage du ministre, de récupérer ce qui "était lâché au titre du bouclier fiscal" en 2012.
Le collectif revient sur une autre mesure phare du début du quinquennat de M. Sarkozy. L'abattement personnel sur les successions et les donations en ligne directe sera ramené à 100 000 euros. En 2012, cette mesure ne rapporterait que 140 millions d'euros, puis atteindrait 1,2 milliard d'euros en 2013. Les services de Bercy ont calculé que 88 % des héritages resteront exonérés, contre 95 % aujourd'hui.
Le texte propose également de soumettre aux prélèvements sociaux sur les revenus du capital (15,5 %) les revenus immobiliers – loyers ou plus-values – perçus par des non-résidents sur leurs biens situés en France. Cette ponction, sur des revenus qui sont déjà imposables, rapporterait 50 millions d'euros cette année et 250 millions en 2013. Le gouvernement a également décidé d'avancer à cet été une mesure programmée par l'ancien gouvernement, la hausse de 2 points de CSG sur les revenus du capital.
Enfin, concernant à la fois les ménages et les entreprises, le collectif budgétaire supprime les exonérations de cotisations sociales sur les heures supplémentaires dans les entreprises de plus de 20 salariés. Cette mesure rapportera 980 millions de recettes en 2012 et 3 milliards en 2013.
Plus nombreux que les dispositions concernant les ménages, les prélèvements visant les entreprises seront, à près de 3 milliards d'euros, moins élevés que ceux affectant les ménages. Il est vrai que la suppression de la TVA sociale, qui devait entrer en application le 1er octobre, privera les entreprises de l'allégement corrélatif des cotisations familiales, estimé à 800 millions d'euros au total.
UN MENU DES HAUSSES COPIEUX
A côté d'une baisse, celle de la TVA sur le livre et sur le spectacle vivant, ramenée à 5,5 %, le menu des hausses est copieux : taxe de 3 % sur les dividendes distribués ; relèvement à 40% des contributions sociales sur les stock-options et les actions gratuites ; augmentation du forfait social de 8 % à 20 % sur la participation et l'intéressement, série de mesures destinées à limiter les comportements d'optimisation fiscale ; versement anticipé, par les grandes entreprises, de la contribution exceptionnelle de 5 % sur les bénéfices ; doublement à 0,2 % du taux de la taxe sur les opérations financières ; instauration d'une contribution additionnelle exceptionnelle pour le secteur bancaire, d'un montant identique à celui de la taxe de risque systémique acquittée en 2012, et création d'une taxe exceptionnelle de 4 % sur la valeur des stocks pétroliers. Les services de Bercy démontrent, une fois encore, leur créativité.
Toutefois, le collectif budgétaire ne contient pas que des mesures fiscales. On y trouve aussi la diminution de 30 % du traitement du président de la République et de celui du premier ministre, mais aussi la suppression de la franchise de 30 euros exigée des étrangers en situation irrégulière recourant à l'aide médicale d'Etat et celle de la prise en charge des frais de scolarité des enfants français inscrits dans un établissement d'enseignement français à l'étranger.
Touffu, ce premier texte budgétaire du quinquennat n'est encore qu'un apéritif. La véritable réforme fiscale, ainsi que les sérieux efforts sur la dépense sont attendus pour l'automne, avec le projet de budget pour 2013.
Lire aussi : Un discours de politique générale qui fait de la lenteur un gage de solidité
Casse-tête à Bercy sur la taxe à 75 % des plus riches Mardi à l'Assemblée, le premier ministre, Jean-Marc Ayrault, l'a réaffirmé : le gouvernement imposera bien à 75 % les revenus annuels supérieurs à 1 million d'euros. Cette disposition figurera en bonne place dans la réforme fiscale qui sera soumise au Parlement, cet automne, dans le projet de loi de finances pour 2013.
Les modalités d'application de cette imposition ne sont, en revanche, pas du tout "calées", admet-on dans l'entourage du ministre du budget. S'agira-t-il d'une nouvelle tranche de l'impôt sur le revenu (IR) ou d'une taxation qui s'appliquerait sur une assiette différente de celle de l'IR ? Rien n'est encore tranché. L'idée est de réduire le risque de voir des entreprises délocaliser leurs hauts cadres, voire leurs sièges sociaux, pour fuir cette taxation nouvelle.
Réagir Classer Imprimer Envoyer
Partager google + linkedin