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Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Família de Kadafi pretende denunciar OTAN, no Tribunal de Haia

Matéria quente do Le Monde. Porque é sabido que executar prisioneiros após combate é considerado crime de guerra, e resulta em condenações do Tribunal de Haia. Mas ocorre que tal Tribunal não é uma instituição com tradição de isenção. Tem operado como extensão do que é anteriormente condenado pelos Estados Unidos - que, aliás, não reconhece a existência do Tribunal para a ele não ter que submeter seus militares criminosos nas ações explícitas ou secretas que desenvolvem em todo o mundo -. Já tinha, aliás, anunciado julgamento do próprio Kadafi.
Como agirá o Tribunal diante da denúncia da família de Kadafi contra a OTAN, tendo em vista o atropelo da resolução da ONU que limitava sua intervenção à proteção de civis, através de exclusivo bloqueio do território aéreo da Líbia, e sem participação em operações terrestres? 
Ora, é sabido - até pelo pedido feito pelo CNT para que a permanência da OTAN se estenda até 2012 - que o braço armado da União Européia extrapolou. É sabido que sua participação bélica foi decisiva no episódio da morte de Kadafi. Portanto, sua responsabilidade na execução tem que ser investigada, e julgada. Alguém acredita que isso ocorrerá?

Segue a matéria do Le Monde:

La famille de Kadhafi envisage de porter plainte contre l'OTAN

LEMONDE.FR avec AFP | 26.10.11 | 13h06   •  Mis à jour le 26.10.11 | 13h14


Mouammar Kadhafi a été enterré en Libye dans la nuit de lundi à mardi dans un lieu tenu secret. Ici, les tombes de soldats kadhafistes, à Misrata.
Mouammar Kadhafi a été enterré en Libye dans la nuit de lundi à mardi dans un lieu tenu secret. Ici, les tombes de soldats kadhafistes, à Misrata.REUTERS/THAIER AL-SUDANI

La famille de Mouammar Kadhafi envisage de porter plainte contre l'Organisation du traité de l'Atlantique Nord (OTAN), pour "crime de guerre", auprès de la Cour pénale internationale (CPI), après la mort à Syrte de l'ancien dirigeant libyen, confirmant une information d'Europe 1.

L'ex-leader en fuite depuis la chute de Tripoli fin août, a été capturé vivant le 20 octobre près de la ville de Syrte et tué par balles peu après, dans des circonstances encore floues. Me Marcel Ceccaldi a affirmé que ce décès avait pour cause "le fait que les hélicoptères de l'OTAN aient tiré sur le convoi de Mouammar Kadhafi, qui a ensuite été achevé." "L'homicide volontaire est défini comme un crime de guerre par l'article 8 du Statut de Rome de la CPI", a poursuivi Me Ceccaldi.
"HOMICIDE"
L'avocat n'a pas dit quand la plainte serait déposée, indiquant que son "périmètre" devait encore être précisément arrêté. "L'homicide de Kadhafi montre que les Etats membres n'avaient pas pour but de protéger la population mais de renverser le régime", a-t-il dit. La plainte devrait viser "les organes exécutifs de l'OTAN, qui ont arrêté les conditions d'intervention en Libye" et remonter la chaîne de responsabilités en amont, jusqu'aux chefs d'Etats des pays de la coalition, a-t-il précisé.
"Ou la CPI intervient en tant que juridiction indépendante et impartiale, ou elle ne le fait pas et, alors, la force prime le droit", a poursuivi Me Ceccaldi.
Le Conseil national de transition (CNT) affirme que l'ancien dirigeant a été tué d'une balle dans la tête lors d'un échange de tirs. Des témoignages et les vidéos tournées au moment de son arrestation laissent penser qu'il a pu être victime d'une exécution sommaire.
Alors que plusieurs organisations internationales, dont l'ONU, ont réclamé une enquête, le président du CNT, Moustapha Abdeljalil, a annoncé lundi la formation d'une commission d'enquête. Mouammar Kadhafi a été enterré en Libye dans la nuit de lundi à mardi dans un lieu tenu secret.



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