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Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Diretora do FMI dá nó em pingo d'água para salvar o capitalismo

"Pour se recapitaliser, les banques européennes doivent se tourner vers leurs actionnaires, selon le FMI"

 

 Este é o título da matéria do LeMonde que comprova a capacidade incrível dos grandes quadros do capitalismo de se adaptarem às circunstâncias adversas. Christine Lagarde é uma neoliberal convicta. Chegou à direção do FMI após ter sido ministra de Finanças do governo do reacionário Sarkozy - hoje, batendo recordes de rejeição na França -, portanto agente explícita do "livre mercado" e da ortodoxia monetarista, tão a gosto da financeirização da economia, no interesse específico do sistema financeiro privado em todo o mundo. 

Pois bem. Ela  não hesita em mergulhar na heresia, diante do quadro de rebeldia espontânea que, também em todo o mundo, se levanta contra os privilégios ao grande capital, contestando a própria essência do regime: "quem tem que recapitalizar os bancos são seus próprios acionistas!". 

Ou seja; se coloca contra a aplicação de fundos provenientes de tesouros públicos a serviço da manutenção dos privilégios dos banqueiros em meio à crise que faz tremer a economia mundial. Vai na linha oposta à preconizada por Angela Merkel, antiga dirigente da Juventude Comunista da RDA, hoje defensora de ponta dos interesses das grandes corporações capitalistas. 

Sem dúvida, na disputa do poder, a esquerda progressista, que opera com sentido de missão, tem muito a aprender com a tradição direitista, que não hesita em aplicar o que Maquiavel já preconizava no seu "O Príncipe". Entender que sua tática deve se orientar apenas pelos objetivos estratégicos, o que significa: sem abrir mãos dos princípio, buscar o caminho mais eficaz de desconstrução do regime que condena, mesmo que isso implique em momentos de desconforto. Tomar a iniciativa, antes que a própria esquerda combativa o faça, e colocar suas bancadas parlamentares para votar contra. Sem nenhuma mudança concreta. Cabe à esquerda ampliar seu leque de arenas. Não apenas nas ruas, mas também nas urnas, elegendo seus reais representantes, ao invés de apenas denunciar o caráter deletérios dos Parlamentos burgueses.

Segue a matéria do Le Monde



LEMONDE.FR avec AFP et Reuters | 17.10.11 | 09h25
Les banques européennes doivent d'abord chercher à se recapitaliser par elles-mêmes avant de demander une aide publique, a déclaré lundi, sur Europe 1, la directrice générale du Fonds monétaire international (FMI), Christine Lagarde. "La priorité, c'est évidemment qu'elles puissent aller chercher des capitaux auprès de leurs actionnaires, qu'elles intègrent des réserves et qu'en dernier ressort, si ces moyens-là n'étaient pas disponibles et suffisants, une formule plus collective soit mise en place (...) Il y a beaucoup de banques aujourd'hui qui peuvent faire appel à leurs actionnaires." La directrice du FMI a également estimé que l'institution financière dispose actuellement des ressources suffisantes pour répondre aux besoins de financement des pays en difficulté, alors que plusieurs pays membres du G20, dont les ministres des finances se sont réunis vendredi et samedi à Paris, ont souhaité augmenter les ressources du Fonds. Les Etats-Unis s'y sont toutefois opposés, les jugeant suffisantes.
"Absolument toutes" les banques européennes doivent être recapitalisées pour calmer les marchés financiers, estime de son côté le gouverneur de la Banque centrale du Canada, Mark Carney, dans Le Figaro. "En ce moment, il n'y a pas beaucoup de différenciation des banques européennes de la part des marchés. Si on regarde le ratio de capitalisation boursière par rapport aux fonds propres, il est inférieur à 1 pour tous les établissements, sans exception, alors qu'il est par exemple de 1,7 au Canada", selon M. Carney, candidat d'Ottawa pour présider le Conseil de stabilité financière (FSB), chargé de travailler à la régulation du secteur bancaire. Le FSB est actuellement dirigé par Mario Draghi qui prendra en novembre la tête de la Banque centrale européenne (BCE).
Pour M. Carney, "cela signifie que les marchés considèrent que les fonds propres sont insuffisants. Plusieurs options sont possibles : soit injecter des capitaux, soit entamer un processus de désendettement, ou faire les deux simultanément". Interrogé sur l'origine des fonds nécessaires aux banques, M. Carney estime que "les plus fortes" banques européennes "pourront lever des capitaux privés et il faut leur donner du temps", mais que face à l'urgence de la crise, "les solutions publiques signifient la certitude d'apporter une réponse".

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