Leiam matéria ilustrativa de RODRIGO RÖTZSCH, na Folha de SPaulo 16/10/11:
"Rio luta por royalties, mas abdica de ICMS
Isenções fiscais oferecidas a empresas fazem peso do imposto na receita total do Estado despencar nos últimos 15 anos. Representantes do Rio alegam que incentivos não trazem perdas e pedem novo debate sobre repasses federais
Na discussão pela divisão das receitas do petróleo, o governo do Rio de
Janeiro diz que não pode abdicar de nenhuma parcela e que não tem outra
opção para pagar suas despesas. Porém, nos últimos anos, vem abrindo mão
de boa parte do ICMS para atrair empresas para o Estado.
Esta política de isenção fiscal faz com que a receita obtida com o
imposto sobre mercadorias e serviços hoje seja inferior à do início da
estabilização econômica, em 1995, corrigida pela inflação.
Naquela época, a arrecadação do ICMS chegou a representar mais de 70% da
receita total do Estado. Atualizada segundo a variação de preços do
período, a quantia equivaleria a R$ 24,8 bilhões.
Em 2010, esta participação havia caído para cerca de 50% dos recursos
totais do Rio ou R$ 24,4 bilhões. Para efeitos de comparação, em São
Paulo, o ICMS responde por 61% dos tributos recolhidos; em Minas Gerais,
54%.
TROCA
Enquanto a receita com ICMS perde importância, o peso dos royalties
disparou: em 1995, o Estado obteve, em valores corrigidos pela inflação
(IGP-M), R$ 77,3 milhões com a exploração de petróleo. Ou seja, o
equivalente a 0,22% da arrecadação total.
No ano passado, essa cifra foi de R$ 6,4 bilhões, superando 13% da
receita geral.
Mais de metade dos recursos obtidos com o petróleo acabou indo para o
pagamento da Previdência Social dos servidores do Estado. Para o governo
do Rio, os incentivos fiscais não representam perda na arrecadação
estadual.
Durante o anúncio da instalação de uma fábrica da Hyundai no Estado, o
secretário de Desenvolvimento, Júlio Bueno, ponderou não ser possível
falar em "perdas" já que o projeto antes não existia e não era
tributado.
No debate sobre tributos da exploração de petróleo, o secretário
estadual da Fazenda, Renato Villela, diz que é uma "impossibilidade"
para o Rio compensar a perda de arrecadação de royalties.
Parlamentares do Estado, como o senador Lindberg Farias (PT), defendem
que a discussão transforme-se em um debate maior sobre os repasses da
União a Estados e municípios da federação.
O Rio se diz prejudicado pelo Fundo de Participação dos Estados, que
redistribui parte do dinheiro arrecadado pela União com Imposto de Renda
e IPI.
Em 2010, o Estado recebeu R$ 596 milhões desta fatia, o sexto menor
valor destinado às 27 Unidades Federativas.
Neste ano, os repasses da União [sem os royalties], responderam por 5,5%
das receitas do Estado, contra 7,6% de São Paulo e 20,4% de Minas".
Quem sou eu
- Milton Temer
- Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.
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