Quem sou eu

Minha foto
Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A TRAGÉDIA TARDIA 
10/09/17
 Essa historieta dominical comprova algo que considero documento histórico comprovante de que o Pacto Conservador de Alta Intensidade com os banqueiros sempre esteve no alvo de Lula. Espero que tendo como fonte Breno Altman, ninguém venha me aporrinhar com minha "fixação em Lula". Façam de conta que estou tratando de Palocci, o outro protagonista da historieta
Last but not least: a historieta comprova também que Dirceu levou rolê do traíra Palocci bem antes de Lula
Breno Altman
HISTORIETA DOMINICAL
Por pouco Lula não tinha liquidado a fatura eleitoral no primeiro turno, ocorrido dia 7 de outubro de 2002.
O alto comando da campanha, liderado por José Dirceu, então presidente nacional do PT, estava reunido no Hotel Renaissance, em São Paulo, discutindo o que fazer nos últimos dias que antecediam o turno final, previsto para o dia 28 de outubro. 
Lula estava na frente em todas as pesquisas, mas a direção petista movia-se com sofreguidão para cobrir qualquer vulnerabilidade ou risco.
Mesmo com a Carta ao Povo Brasileiro, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) continuava a tentar o emparedamento do PT e seu candidato, tratando de carimba-los, ainda que subliminarmente, como irresponsáveis e aventureiros em matéria econômica. 
Os banqueiros exigiam que Lula aceitasse um superavit primário de 5%, sem o qual - afirmavam - o Brasil voltaria ao caos fiscal e inflacionário. 
Na presença de outros dirigentes partidários, Dirceu orienta Antonio Palocci a procurar a Febraban.
- Diga a eles que não há acordo com o que propõem. Lula dará uma declaração de que faremos o máximo superávit primário possível, mas sem comprometer a recuperação do crescimento, o investimento público e as políticas para distribuição de renda. Se quiserem diálogo conosco depois das eleições, que digam publicamente estarem satisfeitos com essa fórmula. 
Algumas horas depois, o futuro ministro da Fazenda voltaria de sua reunião com os bancos.
Para surpresa de todos os que estavam na sala, Palocci confessa estar convencido que os banqueiros tinham razão e defende que o PT aceite os 5% de superávit primário. 
Irritado, Dirceu reage rispidamente:
- Voce saiu para negociar e volta negociado? Foi representar o partido na conversa com os caras ou fala em nome dos bancos aqui dentro?
Palocci fica ofendido e se levanta da mesa, mas continuaria a defender o ponto de vista da Febraban, ainda que sem sucesso.
Mesmo assim, seria o chefe da economia do governo Lula. 
O que nenhum dirigente pode afirmar, no entanto, é desconhecimento do caminho que estava trilhando o homem que hoje trai o PT e se coloca a serviço das mentiras forjadas pela Operação Lava Jato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário