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Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O livro de Amaury Ribeiro como testemunha contra Marcelo Alencar

Estou sendo processado pelo ex-governador Marcelo Alencar, e seu dileto primogênito, por denunciá-los pela "bandalheira" da privatização do Banerj. Não é processo por calúnia, criminal. Nada disso. É cível, com pedido de indenização. Ou seja, mais dinheiro para o patrimônio privado.
Amigos vários me tentaram convencer a buscar "acordo político" que resultasse em anulação do processo. Nunca aceitei a idéia de ter que me desculpar, mesmo que particularmente pois, ideologicamente, considero o conjunto da obra de privatização, nos planos federal e estadual, uma verdadeira bandalheira. Patrimônio público passado não compensavam a entrega de empresas, muitas delas lucrativas sem a necessidade de sê-lo, para a mão de maganos aliados, ou financiadores de campanha, dos governos.


O livro recente de Amaury Ribeiro, sobre "A privataria tucana" não vai lhe render nenhum processo. É tudo comprovado com documentos, mostrando uma mistura de opção ideológica com pura corrupção. 


E vai servir como peça de testemunho na defesa da minha qualificação da "obra" de Marcelo Alencar e seu filho.
Aí vai:








TRECHOS DO LIVRO "A PRIVATARIA TUCANA"


Nem mesmo a Nossa Senhora Aparecida do fundamentalismo neoliberal,
a primeira‑
ministra britânica Margaret Thatcher, teve o
atrevimento de fazer o que foi feito na desestatização à brasileira.
Nos anos 1980, Thatcher levou ao martelo as estatais inglesas, pulverizando
suas ações e multiplicando o número de acionistas.

Na prática, a teoria acabou sendo outra. O torra‑
torra das estatais
não capitalizou o Estado, ao contrário, as dívidas interna e externa
aumentaram, porque o governo engoliu o débito das estatais leiloadas
— para torna‑las mais palatáveis aos compradores — e ainda as
multinacionais não trouxeram capital próprio para o Brasil.

No Rio, o também tucano Marcelo Alencar realizou proeza
maior: vendeu o Banerj para o Itaú por R$ 330 milhões, mas antes da
privatização demitiu 6,2 mil dos 12 mil funcionários do banco estadual.
Como precisava pagar indenizações, aposentadorias e o plano
de pensões dos servidores, pegou um empréstimo de R$ 3,3 bilhões,
ou seja, dez vezes superior ao que apurou no leilão. Na verdade, 20
vezes superior, porque o Rio só recebeu R$ 165 milhões, isto porque
aceitou moedas podres, com metade do valor de face.

2 comentários:

  1. Aloysio Biondi em seu livro O Brasil Privatizado escreve: "No Rio, o governo do estado, antes da privatização, incumbiu-se de demitir nada menos que a metade – mais exatamente
    6.200 – dos 12 mil funcionários do seu banco, o Banerj. Com essas demissões, além de se livrar do pagamento de indenizações e
    aposentadorias, os “compradores” receberam também folhas de
    pagamento mais baixas, mês a mês – e isso vale para quase todas
    as estatais privatizadas". (p.13)
    e, mais adiante, que
    "O Banerj, como
    já dito, foi comprado por 330 milhões de reais – e o governo do
    estado tomou um empréstimo de 3,3 bilhões de reais para arcar
    com o fundo de pensão. Há mais, porém. Outras fontes de lucros
    foram asseguradas para o “comprador”: “monopólio”, durante cinco anos, das contas dos funcionários públicos, recebimentos de
    impostos e contas em geral do governo estadual. Mercado cativo.
    Lucro garantido" (p.44)
    O link para o livro todo é: http://www.aloysiobiondi.com.br/spip.php?article4

    Um Grande Abraço.
    Rodrigo

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  2. O que pode te ajudar também na defesa é pesquisar diretamente as fontes do livro de Biondi:

    Fontes consultadas
    Os dados e informações utilizados neste livro foram extraídos de levantamento amplo, abrangendo principalmente o período 1994/1999, do noticiário de jornais diários: Folha de S. Paulo, Gazeta Mercantil, Jornal do
    Brasil, O Globo e O Estado de S. Paulo. Serviram ainda de base para as
    análises as seguintes publicações:
    • BNDES – “Privatização na indústria de telecomunicações, antecedentes
    e lições para o caso brasileiro”, de Florinda Antelo Pastoriza, texto para
    discussão, julho de 1996.
    • BNDES – Programa Nacional de Desestatização, relatório do Sistema
    de Informações, 31 dezembro de 1998.
    • Salomon Smith Barney e Morgan Stanley – “Premissas e resultados de
    avaliação econômico financeira para o sistema Telebrás”, junho de 1998.
    • Arthur D. Little, Coppers & Lybrand, Deloitte & Touche Corporate
    Finance, “Avaliação econômico-financeira dos sistema Telebrás – Sumá-
    rio”, 1998.
    • Associação dos Engenheiros da Petrobrás e Sindicato dos Petroleiros do
    Rio de Janeiro – “Saiba como querem entregar a Petrobrás sem você ver”,
    co-patrocínio do Comitê de Entidades em Defesa do Patrimônio Público
    e da Soberania Nacional.

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