Hillary/Kissinger. Bush/Obama/Nixon. Tempos distintos de uma mesma política intervencionista

A desavergonhada imersão dos Estados Unidos numa fantasia de "apóstolo da democracia", a cada dia, a cada notícia do Jornal Nacional sobre uma declaração de Hillary Clinton, só comprova uma inversão de tática, que nada tem de diferente, das políticas imperialistas que, nas décadas de 60 e 70 para promover, para além dos massacres sobre aldeias civis do Vietnam,  financiou e apoiou ditaduras sangrentas na América Latina. 
Qual das ações das forças armadas ianques em países estrangeiros representou implantação de regimes democráticos nessa última fase - a que pretende colocar "direitos humanos" como razão de condenação dos governos e regimes que não lhe rendem obediência - Iraque? Líbia? Afeganistão? 
Fndamental relembrar, portanto, um dos piores momentos do período Nixon-Kissinger: o golpe contra o governo socialista e libertário de Salvador Allende, no Chile, quando se iniciou o que Naomi Klein classificou a Teoria do Choque. A teoria que, por golpes de intensidade distinta, ou por submissão de governos socialdemocratas, hegemonizou processos de privatização e desregulamentação de economias progressistas, em benefício do grande capital - o financeiro em especial - em todos os continentes. É o que se apresenta neste vídeo.