TEATRO DE HORRORES
(04/10/17) Até a equipe econômica do governo golpista considera absurdas as bandalheiras introduzidas no Refis.
Não o manifestam por seniimento republicano, mas por pragmatismo, pois são os autores da bandalheira original, o Refis em si, instrumento pelo qual sonegadores são premiados com uma incontestável anistia pelos crimes tributários anteriores.
MAS O PIOR vem na sequência. Essa equipe econômica geradora da proposta salvífica de recursos que o governo necessita desesperadamente, não tem poderes nem argumentos para pressionar o Executivo postiço no sentido de verá-las. E por que? Porque o Executivo não tem legalidade nem legitimidade para Executar. Está enredado em investigações que justificariam cassações e prisões de "altos mandatários", dispusesse o Legislativo de uma Câmara de Representantes, e não um covil de maioria desqualificada. Troca o tempo de administrar pelo tempo de comprar votos que impeçam ao STF investigar o que tem que ser investigado e denunciado.
ANOMIA SOCIAL - E por que, num quadro sem precedentes de rejeição popular, esse Executivo continua a dar cartas, a despeito de um ou outro pronunciamento de militares que deveriam se manter calados?
Porque na ponta da mobilização que deveria ser intensa contra tal cenário, o ceticismo, a pasmaceira, a indignação, a anomia social parecem se consolidar.E isso tem explicação, para quem viveu a resistência permanente ã implantação do neoliberalismo tardio do mandarinato FHC. Para quem testemunhou seguidas ocupações de Brasília pelo MST e pela CUT, então entidades marcadas por uma coragem cidadã incontestável.
Onde elas estão? Com que bandeiras se apresentam ao combate?
O que resta de suas energias, lamentavelmente, parece estar concentrado em alguns atos isolados onde a grande política e o debate ideológico são substituídos pelo cantochão de apoio às lamúrias - até eventualmente legítimas - de Luiz Inácio Lula da Silva contra as "injustiças" dos que ousam não considero-lo o "mais honesto" de todos os brasileiros.
Não dão atenção às frequentes reafirmações do lider referencial em defesa da ordem vigente, no afeto que não se encerra por Henrique Meirelles, e na ameaça de não tocar em nada do pacote anti-social que vier a ser definitivamente aprovado pelo governo golpista.
A ANOMIA encontra combustível exatamente aí. A mobilização,que deveria estar concentrada na contestação das sequelas da conjuntura atual , está concentrada na luta para a garantia da presença de Lula na próxima disputa presidencial.
É a luta por uma outra sociedade sendo atropelada pela batalha em prol de um projeto pessoal de características programáticas indefinidas.
TRÁGICO, é o mínimo que se pode dizer, se o Povo Sem Medo, com as ocupações do MTST, não conseguir ressuscitar em âmbito amplo aquilo que foi rotineiro até passado não tão distante.
Luta que Segue!!
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