No mesmo exercício anual, um banco privado - o famigerado Itaú, que o Sindicato dos Bancários do RJ denuncia pela demissão de 4 mil funcionários - alcança quase o triplo, R$ 14,6 bilhões, em sua maior parte destinados a aumentar o patrimônio de uma única família brasileira. A dos Setubal.
Maior eficiência do privado sobre o público, bradarão os privatistas e bem pagos "analistas especializados"dos grandes meios de comunicação. Nada disso, contestarão os economistas voltados a uma avaliação concreta dos balanços. O Itaú realiza esse excelente resultado exatamente por exercer aquilo que é mais condenável no sistema capitalista: especulação com títulos da nunca auditada dívida pública, a cujos serviços o governo Dilma, na sequência do pragmatismo lulista, não hesita em entregar quase 50% do Orçamento anual da República.
Ou seja, o Itaú mama nos quase 50% do leite da Viúva perversa que, à saúde pública, destina módicos 4%, o dobro dos ridículos 2% destinados à educação. O mais grave nesse cenário é constatar que os Setubal, como pessoa física, pagam menos impostos do que o proporcionalmente arrancado dos assalariados, na fonte. Provando que o problema tributário brasileiro não é o "peso" da carga, mas a sua injusta distribuição no dorso dos brasileiros de forma geral,
Segue a matéria sobre lucros financeiros:
8/02/12 - 00:00 > BANCOS
Itaú Unibanco e Caixa Econômica Federal trazem lucros recordes
Marcelle GutierrezErnani Fagundes
São Paulo (DCI) - Dois dos maiores bancos brasileiros apresentaram
ontem recorde de lucro líquido em seus balanços de 2011. O Itaú Unibanco
atingiu ganhos de R$ 14,6 bilhões no ano passado, o maior da história
do sistema bancário do Brasil.
Já a Caixa Econômica Federal conseguiu superar, pela primeira vez em
sua história, o patamar de R$ 5 bilhões de ganhos líquidos, com o
resultado de R$ 5,2 bilhões.
No caso do Itaú, os resultados deste ano devem ser impulsionados ainda mais por conta do fim do processo de integração com o Unibanco, que terminou no final do ano passado.
"Isso torna o banco mais eficiente. O processo tomou muita energia nos últimos três anos, inclusive a área de tecnologia trabalhou acima da capacidade", disse Roberto Setubal, presidente do grupo. No caso da Caixa, o resultado foi puxado principalmente pelo crescimento de 42% na carteira de crédito. Por conta deste resultado, o Índice de Basileia do banco caiu de 15,4% para 13,3% no decorrer do ano passado. Por isso, o banco pretende recorrer ao mercado para se capitalizar, e ter espaço para cumprir a meta de crescer 30% no crédito para este ano.
Segundo Jorge Hereda, presidente do banco público, a Caixa pretende fazer ao menos uma emissão no exterior, de US$ 1 bilhão, ainda no primeiro semestre. Por meio de fundos imobiliários, a instituição quer conseguir R$ 3 bilhões, além de negociar um aporte de R$ 4 bilhões vindos do Tesouro Nacional.
No caso do Itaú, os resultados deste ano devem ser impulsionados ainda mais por conta do fim do processo de integração com o Unibanco, que terminou no final do ano passado.
"Isso torna o banco mais eficiente. O processo tomou muita energia nos últimos três anos, inclusive a área de tecnologia trabalhou acima da capacidade", disse Roberto Setubal, presidente do grupo. No caso da Caixa, o resultado foi puxado principalmente pelo crescimento de 42% na carteira de crédito. Por conta deste resultado, o Índice de Basileia do banco caiu de 15,4% para 13,3% no decorrer do ano passado. Por isso, o banco pretende recorrer ao mercado para se capitalizar, e ter espaço para cumprir a meta de crescer 30% no crédito para este ano.
Segundo Jorge Hereda, presidente do banco público, a Caixa pretende fazer ao menos uma emissão no exterior, de US$ 1 bilhão, ainda no primeiro semestre. Por meio de fundos imobiliários, a instituição quer conseguir R$ 3 bilhões, além de negociar um aporte de R$ 4 bilhões vindos do Tesouro Nacional.
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