Quem sou eu

Minha foto
Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A rapinagem dos bancos privados sobre o público

Você já ouviu falar em Caixa Econômica? Certamente. Desde o meu tempo de escola pública primária - e lá se vão quase sete décadas - eu já ouvia falar na caderneta da Caixa. Pois bem; somente agora essa nacionalmente abrangente instituição de crédito festeja a superação dos R$ 5 bilhões de lucro anual, Mais precisamente, registrou em 2011 o montante de R$ 5,2 bilhões. Conseguiu isso exercendo ao pé da letra a função social que deveria ser imposta a todos os agentes do sistema financeiro - forncendo crédito aos investimentos produtivos, principalmente na área da habitação.

No mesmo exercício anual, um banco privado - o famigerado Itaú, que o Sindicato dos Bancários do RJ denuncia pela demissão de 4 mil funcionários - alcança quase o triplo, R$ 14,6 bilhões, em sua maior parte destinados a aumentar o patrimônio de uma única família brasileira. A dos Setubal.

Maior eficiência do privado sobre o público, bradarão os privatistas e bem pagos "analistas especializados"dos grandes meios de comunicação. Nada disso, contestarão os economistas voltados a uma avaliação concreta dos balanços. O Itaú realiza esse excelente resultado exatamente por exercer aquilo que é mais condenável no sistema capitalista: especulação com títulos da nunca auditada dívida pública, a cujos serviços o governo Dilma, na sequência do pragmatismo lulista, não hesita em entregar quase 50% do Orçamento anual da República.

Ou seja, o Itaú mama nos quase 50% do leite da Viúva perversa que, à saúde pública, destina módicos 4%, o dobro dos ridículos 2% destinados à educação. O mais grave nesse cenário é constatar que os Setubal, como pessoa física, pagam menos impostos do que o proporcionalmente arrancado dos assalariados, na fonte. Provando que o problema tributário brasileiro não é o "peso" da carga, mas a sua injusta distribuição no dorso dos brasileiros de forma geral,

Segue a matéria sobre lucros financeiros:

8/02/12 - 00:00 > BANCOS

Itaú Unibanco e Caixa Econômica Federal trazem lucros recordes



Marcelle GutierrezErnani Fagundes
São Paulo (DCI) - Dois dos maiores bancos brasileiros apresentaram ontem recorde de lucro líquido em seus balanços de 2011. O Itaú Unibanco atingiu ganhos de R$ 14,6 bilhões no ano passado, o maior da história do sistema bancário do Brasil. Já a Caixa Econômica Federal conseguiu superar, pela primeira vez em sua história, o patamar de R$ 5 bilhões de ganhos líquidos, com o resultado de R$ 5,2 bilhões.

No caso do Itaú, os resultados deste ano devem ser impulsionados ainda mais por conta do fim do processo de integração com o Unibanco, que terminou no final do ano passado.

"Isso torna o banco mais eficiente. O processo tomou muita energia nos últimos três anos, inclusive a área de tecnologia trabalhou acima da capacidade", disse Roberto Setubal, presidente do grupo. No caso da Caixa, o resultado foi puxado principalmente pelo crescimento de 42% na carteira de crédito. Por conta deste resultado, o Índice de Basileia do banco caiu de 15,4% para 13,3% no decorrer do ano passado. Por isso, o banco pretende recorrer ao mercado para se capitalizar, e ter espaço para cumprir a meta de crescer 30% no crédito para este ano.

Segundo Jorge Hereda, presidente do banco público, a Caixa pretende fazer ao menos uma emissão no exterior, de US$ 1 bilhão, ainda no primeiro semestre. Por meio de fundos imobiliários, a instituição quer conseguir R$ 3 bilhões, além de negociar um aporte de R$ 4 bilhões vindos do Tesouro Nacional.
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário