Quem sou eu

Minha foto
Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O Globo e sua "guerra" contra Cuba

O monopólio dominante na mídia impressa do Rio de Janeiro está chegando a limites execráveis.
Com um enviado especial a Havana, e outro a Miami - junto à mafiosa comunidade de renegados cubanos que vivem em condições privilegiadas nos Estados Unidos -, o Globo se torna cada dia mais repulsivo em sua cobertura internacional.
Uma página inteira é dedicada ao depoimento de uma advogada, que não consegue superar as dificuldades burocráticas para sair do país. Está lá, vestidinha, arrumadinha, sem ninguém a proibir de se expressar, sem no entanto despertar a mais mínima curiosidade, exigida, do repórter sobre suas fontes de renda numa economia que só agora deixa de ser totalmente estatal.
Em Miami, a repórter dá ouvidos a alguém que denuncia "agressões violentas" a manifestações de mulheres que protestam nas ruas contra o regime. Isso mesmo, aquelas poucas senhoras de "branco" que desfilam livremente para fotos de agências internacionais, e que se sofrem hostilidades são hostilidades verbais de transeuntes comuns e correntes que não lhes prestam solidariedade. Nenhuma preocupação jornalística da repórter em tentar entrevistar o criminoso terrorista Posadas Carrilllo, responsável comprovado pela explosão de um avião da Cubanas de Aviacion, e que conspira e promove sabotagens na Ilha sob cobertura do governo americano, a partir de Miami.
Por um mínimo de pudor, o Globo deveria explicar por que nunca exigiu que seus "enviados especiais" tentassem visitar a base de Guantánamo. Afinal, se a preocupação é exigir que Dilma cuide desse varejo da classe média cubana, financiada pela embaixada americana local, como não tentar investigar o endereço onde comprovadamente, com cobertura legal, militares americanos utilizam a tortura como método de investigação?
Por um mínimo de pudor, o Globo deveria explicar por que nunca pergunta à blogueira, só conhecida e valoriszada fora de Cuba, de onde vêm os recursos que lhe permitem viver em condições materiais bem superiores aos cubanos que não se vendem, e se mantêem fiéis à Revolução.
Pelo menos assim, o jornal que distorce e ideologiza informação, daria alguma legitimidade à sua incessante campanha ideológica contra Cuba.
Segue o lixo de jornalismo do Globo:

Cubanos reforçam apelo por intervenção de Dilma

Moradores querem que direitos humanos entrem em pauta na visita da presidente

ENVIADO ESPECIAL
Publicado:
Atualizado:

 Em Havana, mulher caminha com a imagem de Che Guevara e da bandeira cubana ao fundo Foto: AP

Em Havana, mulher caminha com a imagem de Che Guevara e da bandeira cubana ao fundoAP
HAVANA - A advogada Barbara Estrabao tem no passaporte um visto dos Estados Unidos. Em Cuba, a página com o símbolo americano e a permissão para entrar no país dos sonhos da maioria dos cubanos equivale a um troféu. Ela o obteve em 26 de agosto de 2011 e, teoricamente, poderia ir a Miami visitar sua família — mãe, duas irmãs e cinco sobrinhos. Mas, o documento tem apenas seis meses de validade. O prazo se encerra no mês que vem. E não há nenhuma esperança de que Barbara consiga viajar para estar com seus parentes por um período.
Mesmo se tivesse meios econômicos, a burocracia foi quase intransponível: mais de dois anos de espera para obter o sonhado visto. A papelada incluiu uma carta assegurando que Barbara não trabalha para o governo cubano — coisa rara na ilha — agendamento de entrevista, carta dos parentes convidando-a a visitá-los, informações sobre quem pagaria pela passagem e estadia. Além disso, teve de pagar 150 pesos conversíveis, cerca de US$ 180, o que é muito para uma população cujo salário médio é de apenas US$ 20 por mês. Outros US$ 200 foram para o governo processar seu pedido de viagem. O sim das autoridades cubanas é a parte mais difícil de todo o processo, sobretudo para ela, uma opositora ao regime.
Professores e médicos sem saída
As irmãs de Barbara deixaram Cuba há dez anos. A mãe foi para Miami há quatro. Elas vivem na cidade de Hialeah, no condado de Miami. O local escolhido não foi por acaso. Com cerca de 225 mil habitantes, Hialeah é onde vive a segunda maior percentagem de cubanos nos Estados Unidos. Desde que abandonaram a ilha, somente a mãe de Barbara voltou para ver a filha, em 2010. Mas, conta ela, sentiu-se como uma prisioneira no próprio país. Sentimento igual ao da filha.
— Não quero ir embora definitivamente. Aqui é o meu país. Mas quero ter o direito de sair para visitar minha família e poder voltar tranquilamente — afirmou.
Se a situação dela é complicada, pior ainda para médicos e professores. Considerados imprescindíveis para o governo, eles têm pouca chance de obter autorização para viajar. Só conseguem partir para países amigos dos Castro, como Venezuela, Nicarágua e Bolívia. E são controlados de perto. Para os EUA, é praticamente impossível obter a autorização.
Barbara lembra de um caso famoso: o filho de Ilda Molina, um médico, foi para a Argentina e de lá não regressou. Resultado: a mãe esteve presa por dez anos. Só foi solta graças à intervenção da presidente Cristina Kirchner. Agora, Ilda vive na Argentina, com o filho.
É uma intervenção dessa que Barbara espera da presidente Dilma Rousseff:
— Não é uma questão política, mas um problema de família. É muito triste você não poder sair do país para visitar sua família. A presidente Dilma poderia falar com o presidente Raúl Castro para amenizar a situação — disse ela.
O fato é que o direito de ir e vir, na ilha, é um tabu criado pelo governo, que não sabe o que fazer — nem como fazer. Na década de 80, com a abertura do Porto de Mariel, mais de 125 mil cubanos deixaram a ilha.
Nos anos 90, com o colapso da União Soviética e a consequente piora nas condições de vidas dos cubanos, uma nova leva tentou deixar o país. Televisões do mundo inteiro não se cansavam de mostrar milhares lançando-se ao mar em botes improvisados, câmaras de pneus de caminhões e o que mais pudesse flutuar, numa tentativa desesperada de pisar em solo americano. Muitos cubanos morreram no mar.
Barbara não pensa em atirar-se nas águas do Caribe para visitar a família. Ela nem pensa em deixar de vez a ilha. Mas não se conforma em não ter o direito básico de ir e vir.
— Quando você deixou o Brasil, por acaso precisou informar às autoridades de seu país para onde iria? — perguntou ela ao repórter, sabendo que a resposta seria um “não”. — Pois aqui, controlam cada passo que alguém vai dar. É muito triste não poder ter o direito de circular livremente.
A presidente Dilma Rousseff chega nesta segunda-feira, no fim da tarde. Na terça, ela deverá assinar acordos nas áreas de saúde e agricultura. Direitos humanos, publicamente, não fazem parte da pauta.
Brasil e Cuba discutem a possibilidade de uma ligação aérea direta entre os dois países. Atualmente, os brasileiros que querem visitar a ilha fazem uma conexão no Panamá. Dilma também irá visitar as obras do Porto de Mariel, financiadas pelo BNDES.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/cubanos-reforcam-apelo-por-intervencao-de-dilma-3791577#ixzz1kvvcUr6k
© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.





Cubanos reforçam apelo por intervenção de Dilma - O Globo

2 comentários:

  1. Milton...

    Eu sou brasileiro, me formei em medicina em Cuba, onde viv quase uma década. E sempre quando leio este tipo de noticias nos "JORNALÕES" me assusto!
    Valeu pela sua luta digna e coragem de toda vida!

    ResponderExcluir
  2. O globo é isso mesmo, um lixo. Falar mais o quê?.. Continuo torcendo pra que Cuba resista a toda essa putaria...

    Abraços

    ResponderExcluir