Ou seja; enquanto o México retira carros e CO2 da sua principal metrópole, o Brasil, submisso às montadoras multinacionais que geram desemprego em seus países ao explorar nossa mão-de-obra mais barata, e sem transferir tecnologia (depois de 60 anos dessa montagem, vocês conhecem algum carro de fabricação nacional?), o governo brasileiro isenta IPI de carros, inundando nossas cidades desprovidas de qualquer transporte público racional e eficiente.
Sergio Cabral, pendurado nas "amizades" com as concessionárias protegidas na Justiça pelo escritório de sua insígne esposa, ainda ousa gerar mais problemas ao invés de soluções com a extensão da linha 1 até a Barra. Ai de quem morar no meio do caminho...E faz isso contrariando projeto original que previa linha alternativa, via Humaitá. E por que o faz? Porque, com a omissão do alcaide atual, estendendo a linha 1, mantém a concessão atual ao grupo que não terá que concorrer em nova licitação, caso fosse iniciado o processo necessário de estabelecimento de rede ramificada de linhas e estações.
Mas não ficam aí as aberrações resultantes da submissão do poder público - aqui e alhures - ao grande capital. Marfin Wolf, editor e principal comentarista do insuspeitíssimo Financial Times, uma das bíblias do especuladores do "livre mercado", não hesita em propor medidas que reduzam o "perigo" que os executivos do sistema financeiro representam. Atentem para o primeiro parágrafo de seu artigo de hoje, "Formas de limpar essa sujeira": "O escândalo da taxa interbancária do mercado de Londres (Libor) foi o último prego no caixão da reputação dos bancos. Depois da imensa crise financeira e da longa lista de escândalos, os bancos agora são vistos como firmas aproveitadoras e incompetentes comandadas por parasitas. Essa indignação com o que Paul Tucker, vice-presidente do Banco da Inglaterra, autoridade monetária do Reino Unido, chamou de "esgoto" é bastante natural. Mas, só a indignação não é capaz de modelar reformas".
A tal introdução seguem-se sete propostas de controle sobre tais "parasitas", como forma de impedir a ação desse segmento legal do verdadeiro crime organizado, como se fosse impossível controlar a sanha predadora dessas bestas-feras enfatiadas. Mas mesmo estabelecendo tais limites, previne:
"Nunca iremos transformar os executivos financeiros em santos. Mas podemos mudar os incentivos que os influenciam, a estrutura das instituições e o foco da regulamentação. Mas podemos tornar esses executivos mais úteis e menos perigosos".
Ou seja; por ato falho, o próprio Martin Wolf reconhece que é possível, no máximo, reduzir a periculosidade da grande especulação financeira. Só falta reconhecer que, para eliminá-la, só há uma solução: a desconstrução do regime capitalista e sua substituição por um socialismo libertário
http://www.valor.com.br/opiniao/2755526/formas-de-limpar-essa-sujeira#ixzz20yg1Uh1B
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