Dois dias de reunião do PSOL. Dois dias de intenso debate político que só os partidos de esquerda com perspectiva revolucionária podem fazer. Discussão sobre caminhos e métodos, onde a leviandade de alguns irresponsáveis da rede foi definitivamente desmoralizada. Dois dias que terminaram com uma excelente resolução política, votada consensualmente, na qual o destaque vai para a decisão de apresentar ao Supremo Tribunal Federal uma Ação de Inconstitucionaldiade (ADIN) - antecipadamente elaborada na bancada da Câmara dos Deputados - contra a validade das leis que o governo Lula promulgou no desfazimento da Seguridade Social do Serviço Público. Uma ADIN que se funda na denúncia do vício de origem da aprovação daquela legislação, e toda a consequente e posterior, por conta da decisão do próprio STF ao julgar e condenar responsáveis pela compra de votos naquilo que se convencionou caracterizar como o "mensalão".
Nessa decisão política, propõe-se também um Plano de Ação com diversos itens fundamentais, onde destaco a imersão do Partido na luta de pela democratização dos meios de comunicação que operam por concessão pública, através de leis regulamentadoras brecando a continuada hegemonização do setor por um pequeno grupo de empresas privadas, quase todas transformando suas concessões em espaços de distorção, ideologização e manipulação do noticiário.
Ao lado deste lado positivo, impossível e desonesto não registrar o lado nagativo - aquele que faz predominar os que priorizam o comportamento burocrático de se concentrarem em um denuncismo, não raro, desonesto -, marcado pela ação intencional de promover uma crise interna através de uma bateria de ataques contra as vitórias eleitoral e política, obtidas em Macapá e Belém. Falsa crise que, não por acaso, promoveu inúmeras manchetes na mídia conservadora de todo o País.
Foram claramente neutralizados. Por ampla maioria, e por conta de intervenções brilhantes do Senador Randolfe Rodrigues; do prefeito Clécio Luis - ambos pelo Amapá - e Edmilson Rodrigues, deputado combativo que por pouco deixou de vencer o segundo turno, mas que, por excelente campanha socialista de primeiro turno, conseguiu garantir a eleição da maior bancada de vereadores da Câmara de Vereadores de Belém.
Ficou definida uma maioria política voltada para luta permanente e quotidiana pelos interesses do mundo do trabalho, contra o autoritarismo dos representantes do grande capital, mobilizando massas em torno do partido que se afirma, crescentemente, como a alternativa mais expressiva de uma oposição de esquerdà a, por um lado, o lulopragmatismo populista e, por outro, à direita mais reacionária e tradicional, dos tucano-pefelistas, eufemisticamente apelidados de "democratas". Uma política não só apoiada pela maioria representaitiva - a votação mais apertada foi 35 a 26 - da direção partidária, como pela ampla maioria representativa dos parlamentares mais expressivos - com destaque para Chico Alencar (ausente por razões de saúde mas que marcou sua posição em carta enviada à reunião) e Marcelo Freixo, em comunicação direta ao nosso presidente, Deputado Ivan Valente.
Luta que Segue, portanto, com um PSOL que orgulha a esquerda social, que não se rende nem se vende!!!
Quem sou eu
- Milton Temer
- Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.
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assim que se faz democracia verdadeira discutindo e chegando a pontos comum parabens a todos nosso diretorio nacinal por um debate amplo mas serio
ResponderExcluirGostei muito da parte sobre a ADIN. Quanto ao resto do texto, sem entrar - aqui - no mérito, diria que há um excesso de adjetivos que não acrescentam nada a coisa nenhuma. Jornalismo bom é pouco adjetivo, camarada Milton. Pelo menos do meu humilde ponto de vista. Saudações socialistas.
ResponderExcluirConcordo com a crítica da Renata quanto ao excesso de adjetivos, mas debito-o ao excesso de temperatura e o destempero público registrados nas críticas que expuseram o PSOL a manchetes degradantes na grande mídia conservadora
ResponderExcluirMilton, parabéns pelo texto. Me permita fazer uma correção, a votação que você cita, foi 34 a 24 com duas abstenções. Logo, a votação mais "apertada" seria a que se consolidou nos outros dois temas: 35 a 26.
ResponderExcluirAbraços,
Rodrigo